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Resende

Os primeiros habitantes de Resende, antes da chegada do homem branco, eram os índios Puris, termo que em português quer dizer ‘gente tímida e mansa’. Eram nômades e viviam da caça, da pesca e da agricultura primária. Eles acampavam ora às margens do Rio Paraíba, ora na região alta da Serra da Mantiqueira, onde colhiam pinhões quando a caça ficava escassa.
As terras do atual município de Resende se tornaram conhecidas no Século XVIII, quando a febre do ouro e dos diamantes possibilitou o desbravamento dos atuais Estados do Rio, São Paulo e Minas Gerais.

Confira um pouco mais da História de Resende:
1744 – O coronel paulista Simão da Cunha Gago obteve licença para desbravar a região à procura de ouro e pedras preciosas, armando acampamento numa colina que avançava sobre o Rio Paraíba, onde hoje é o bairro Montese e onde foi erguido um altar onde foram rezadas as primeiras missas. Mais tarde, o acampamento foi transferido para o outro lado do rio e a este lugar deu-se o nome de Nossa Senhora da Conceição do Campo Alegre da Paraíba Nova, o primeiro nome do futuro município de Resende.
1801 – No dia 29 de setembro de 1801, o povoado passa a ser considerado Vila de Resende. A mudança do nome é uma homenagem ao Conde de Resende, que era o Vice-Rei do Brasil naquela época. Para marcar a elevação de Povoado à Vila foi construído na atual Praça do Centenário um Pelourinho (monumento que tem uma bola de cera no alto e que era o símbolo obrigatório das Vilas). Naquela época, Resende tinha apenas 4.000 habitantes e foram eleitos então os primeiros vereadores. Não havia prefeito e o vereador mais votado era o presidente da Câmara e também a autoridade responsável pelo cumprimento das leis.
1912 – É escolhido o primeiro prefeito, que passa a atuar a partir de 1913. Uma curiosidade desta época é o tamanho da Vila de Resende, que ia da fronteira de São Paulo até pouco antes da Serra das Araras, além de fazer limite com Angra dos Reis e com Minas Gerais. Era terra a perder de vista! Com o passar dos anos e com a criação de outras vilas, no entanto, Resende foi perdendo grande parte de seu território.
1821 – Foi construída a primeira ponte de madeira sobre o Rio Paraíba, mas ela foi destruída pela enchente de 1833. Depois, outra ponte de madeira foi feita durando até o fim do Século XIX, e em 1905 é inaugurada uma ponte de ferro, a Ponte Nilo Peçanha (Ponte Velha) que resiste ao tempo e até hoje é uma testemunha da nossa história.
1840 – O café já constituía a grande riqueza: os lavradores passaram a fazendeiros e começaram a constituir sobrados na Vila. O primeiro deles foi o de D. Benedita Gonçalves Martins, conhecida como a Rainha do Café, na Praça da Matriz, esquina com a rua XV de Novembro.
1848 – Em franco desenvolvimento por causa do plantio do café, no dia 13 de julho Resende finalmente deixa de ser uma simples Vila para ser elevada à cidade. A população naquela época era de cerca de 19 mil pessoas, sendo 9.814 livres e 8.663 escravos. O município era dividido em seis distritos: Cidade, Campos Elíseos, Bom Jesus de Sant’Ana dos Tocos (submerso pela represa do Funil), Boa Vista (hoje Engenheiro Passos), Santo Antônio da Vargem Grande e São Vicente Ferrer (hoje Fumaça). Nesta época o café era levado para o Porto de Angra dos Reis no lombo de burros, demorando cerca de oito dias nesse percurso e no mesmo período teve início a navegação pelo Rio Paraíba. Mais de 60 barcas levavam o café dos armazéns de Sant’Ana dos Tocos, de Campo Belo (hoje Itatiaia) e de Resende até Barra do Piraí, onde era feita a baldeação para os trens da Estrada de Ferro D. Pedro II, atual Central do Brasil.
1862 – Foi construída a ponte ferroviária do Surubi, existente ainda hoje.
1873 – Os trilhos da Estrada de Ferro D. Pedro II chegaram aqui neste ano, o que acabou, em pouco tempo, com a navegação no Rio Paraíba. A riqueza gerada pelo café não se apresentava apenas nos aspectos materiais, como as novas edificações urbanas, mas influenciou diretamente os costumes e ideias, deixando para trás a rusticidade dos tempos de pioneirismo para gerar uma nova mentalidade e estilo de vida. A aristocracia local passa a importar a seda e a porcelana europeias, bem como preceptores que ensinavam inglês e francês aos filhos dos fazendeiros que iriam, depois, estudar no exterior.
1850 – Com a proibição do tráfico de escravos e o consequente encarecimento de mão de obra, a expansão dos cafezais passou a se fazer a custos crescentes. A mão de obra antes usada nas lavouras de subsistência é retirada e concentrada no plantio e colheita do café, levando à escassez e ao encarecimento dos alimentos, que passavam a ser adquiridos fora da fazenda. Assim, uma parte dos custos que antes era não monetária (o escravo produzia sua própria alimentação), transformou-se em desembolso monetário com a compra de gêneros alimentícios.
1870 – A terra, utilizada à exaustão, torna-se improdutiva. No final desta década, vários cafeicultores transferem-se para o Oeste Paulista (hoje região de Ribeirão Preto e adjacências), onde as vantagens de um solo virgem a baixo preço estimulavam o risco. O êxodo resendense com destino ao novo Eldorado do café foi, inclusive, responsável pela queda populacional verificada no final do século XIX.
Emigrantes de Minas Gerais vieram estabelecer-se em Resende, atraídos pelos baixos preços das terras dos cafezais abandonados, onde passaram a colocar seu gado. Era o início da pecuária, atividade econômica que viria a substituir o café. No início do século XX, Resende já aparece como responsável por um terço da produção leiteira do Estado do Rio de Janeiro e como segundo produtor de manteiga e queijo.
1940 – Indústrias começaram a ser instaladas em Resende na primeira metade do século XX, e, em 1940, a Academia Militar das Agulhas Negras é implantada na cidade. Mais tarde, a construção da Rodovia Presidente Dutra facilita o acesso e a comunicação entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, além de outros grandes centros.

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